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PROJETO MAIS
     

Projeto MAIs: Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior

Website: http://events.ipv.pt/mais
Facebook: https://www.facebook.com/MAIS.MulheresAgricultorasTerritoriosInterior
Website EEA Grants Portugal: https://www.eeagrants.gov.pt

O projeto MAIs tem como objetivo aumentar a participação cívica e associativa dasmulheres agricultoras nas regiões do interior, através da sua capacitação, contribuindopara a maior visibilidade do seu papel social e para o aumento da igualdade entrehomens e mulheres (em concordância com a Carta das Nações Unidas, Agenda 2030 (5.5. e 5.a) e Declaração Universal de Direitos Humanos).

A literatura nacional e europeia é consensual na afirmação de que a participação das mulheres no crescimento económico é estratégica para os objetivos da EU2020, e que o seu papel nas áreas rurais e na agricultura é de enorme importância. As razões quejustificam a importância das mulheres na agricultura relacionam-se com a sua capacidade de inovação e diversificação de atividades; força motora na manutenção, conservação e desenvolvimento das zonas rurais; preservação de memórias e saberes tradicionais e na garantia de uma alimentação e nutrição saudáveis. No entanto, amaioria destas mulheres permanece invisível nas estatísticas da agricultura porque, muitas vezes, elas próprias não se consideram trabalhadoras rurais, não se inscrevem na segurança social e não assumem a propriedade das terras (ficando esse papel atribuído aos homens). Em resultado, estas mulheres conhecem fortes vulnerabilidades, nomeadamente ao nível das desigualdades de género e dependência económica, acentuadas pela sua fraca representatividade nas estruturas associativas locais e nos lugares de decisão.

Este projeto tem por foco o estímulo da cidadania ativa e da visibilidade e participação social das mulheres agricultoras na esfera pública e no desenvolvimento local, conforme objetivo da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação e do Programa de Conciliação e Igualdade de Género das EEagrants. Para este propósito, delineou-se um projeto de intervenção baseado na Teoria da Mudança, que pressupõe a utilização de instrumentos participativos, desde a fase de diagnóstico, à intervenção e avaliação. O projeto, enquanto experiência piloto passível de ser replicada no futuro em diferentes regiões, será aplicado através de um plano de ações locais de capacitação destas mulheres, em dois concelhos da região interior centro de Portugal – São Pedro do Sul e Sabugal – permitindo equacionar o impacto desta capacitação de acordo com algumas variáveis diferenciadoras, como idade, escolaridade, formação e nível inicial de participação associativa, quer com outras variáveis estruturais, como o isolamento e o envelhecimento da população. Todas as atividades serão estruturadas priorizando as necessidades diagnosticadas na primeira fase do projeto junto das mulheres, através de inquéritos por questionário e grupos focais. O posterior desenvolvimento será construído com base na participação conjunta das beneficiárias com as entidades parceiras, na troca de experiências e boas práticas, tendo por foco o empoderamento e o aumento da participação cívica das mulheres agricultoras. Espera-se que o projeto contribua para o aumento da participação cívica destas mulheres agricultoras da região do interior centro de Portugal (beneficiárias diretas), servindo como experiência piloto a ser replicada noutras regiões, através da utilização e aperfeiçoamento da metodologia e instrumentos de intervenção desenvolvidos.

O projeto MAIs, na sua proposta de candidatura, está estruturado em cinco atividades que, por sua vez, compreendem um conjunto de ações desenhadas em função de objetivos específicos. A primeira atividade, essencial para definir os contornos particulares da intervenção e para garantir a avaliação rigorosa do impacto do projeto, é o levantamento de dados no terreno. Esta fase de diagnóstico permitirá, num primeiro momento, a identificação e caracterização socioeconômica das mulheres que se dedicam à agricultura familiar, bem como a compreensão e avaliação do papel que desempenham na organização da exploração e da família, recorrendo a um conjunto variado de instrumentos. Posteriormente, tendo como base toda a informação recolhida no terreno, construiu-se um instrumento de intervenção - um roteiro de ação para o empoderamento das beneficiárias que aborda conteúdos técnicos e de desenvolvimento pessoal para a sua capacitação, bem como formação para a sensibilização que será dada a técnicos e outros atores locais, a abordagem pedagógica, a metodologia e a planificação (logística e calendarização) dos trabalhos. A terceira atividade consiste na intervenção em si, através da implementação dos instrumentos elaborados na fase anterior e da monitorização contínua e participada da Teoria da Mudança. De modo a atingir a transformação pretendida pelo projeto - o empoderamento das mulheres agricultoras em territórios rurais e a aumentar a sua participação social, as beneficiárias serão divididas em grupos de pequena ou média dimensão (contornando os constrangimentos geográficos e maximizando a atenção dada às necessidades de cada grupo) e serão capacitadas a dois níveis, técnico e pessoal. O primeiro será trabalhado através da formação (teórica e/ou prática, mais ou menos formal, de acordo com a realidade encontrada no terreno) nos domínios da produção agrícola ecológica, da comercialização justa e da organização coletiva. O segundo nível passará por trabalhar com as mulheres uma área do seu interesse, ligada ou não à agricultura (ex.: saúde, tecnologia, artesanato, entre outros), a partir de um projeto prático por elas desenhado,com recurso a ferramentas criativas e não formais. O empoderamento que advirá desta capacitação mista deverá resultar, com o apoio da equipa técnica, na criação de coletivos agrícolas (associações ou cooperativas), no aumento da sustentabilidade socioeconómica das beneficiárias, promovendo consequentemente uma maior igualdade entre homens e mulheres. De modo a garantir o seu acompanhamento findo o projeto, será dada formação paralela a técnicos e outros agentes locais. A quarta atividade, a realizar após a fase de capacitação, consiste na medição dos resultados da intervenção e da sustentabilidade do projeto. Além de representar um último estágio de avaliação que, utilizando a Teoria da Mudança, será na realidade contínua ao longo de todo o projeto, esta atividade permitirá redigir um conjunto de recomendações dirigido a técnicos e outros atores locais, que assumirão assim as ferramentas e a responsabilidade para assegurar o acompanhamento das beneficiárias. Por fim, a quinta atividade consiste na comunicação do projeto: durante todo o período de implementação, através de um website (http://events.ipv.pt/mais/), redes sociais (https://www.facebook.com/MAIS.MulheresAgricultorasTerritoriosInterior) e meios de comunicação social e através da realização de eventos de apresentação de resultados, nomeadamente um seminário final com a presença detodos os parceiros.

MAIs - Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior
Promotor: Instituto Politécnico de Viseu
Parceiros:

Financiamento EEA Grants: 248.240,00€
Financiamento Total: 248.240,00€
Programa: Conciliação e Igualdade de Género

 

 

 
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